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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Trabalho 4º bimestre

Espero ver trabalhos em alto nível!
Continuando a usar o caderninho, vocês finalizarão o ano letivo montando o seu próprio blog, com direito a textos próprios e de outros autores( devidamente identificados), ilustrações variadas, questionamentos. Os assuntos devem ser pertinentes à educação física, saúde, sexualidade, comportamento, movimento corporal, esportes, atividade física e atualidades.O mínimo de postagens( inserções no blog) são cinco de diferentes assuntos.
Crie e não copie!!!
A data de entrega é dia 21 de outubro, quarta-feira de manhã.Os trabalhos não identificados na capa do caderno, não serão corrigidos.
Boa sorte, muita criatividade e divirtam-se!!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

1º / 2º ano
Montar um caderno de entrevista
Manuscrito
Data de entrega: 16 de setembro de manhã.
Uma questão por página, usar um caderno brochura pequeno( ele será usado posteriormente no trabalho do 4º bimestre).
Cada aluno deverá entrevistar dez pessoas. Cada folha do caderno é destinada a uma pergunta. As linhas são numeradas de um a dez com o espaço de duas linhas para cada resposta.
Seqüência de perguntas
meu nome é
escola/série
idade
cidade onde nasci
meu time
música preferida
religioso ou não
pessoas importantes para mim
o que mais gosto de fazer
meu lugar preferido
projeto que eu tenho mais vontade de realizar
meus talentos são...
meus melhores amigos são( nome, idade, o que mais gosto de fazer com eles)
eu gostaria de visitar
eu gostaria de entrevistar alguém sobre
eu gostaria de encontrar livros, revistas ou filmes sobre
eu gostaria de aprender como
eu gostaria de escrever uma carta para
eu gostaria de me tornar um especialista em
eu gostaria de descobris sobre a seguinte carreira/ profissão
eu gostaria de fazer / criar/ experimentar com
alguns problemas nesse mundo que realmente me incomodam são
eu gostaria de ajudar a melhorar ou encontrar um jeito para
Mais três perguntas livres de sua criação.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

3º bi, vamos lá!!!!

Quais os fundamentos científicos contidos no texto abaixo, referentes à atividade física??
Manuscrito, dia 26.08!!

A atividade física auxilia no desenvolvimento do adolescente e na redução dos riscos de futuras doenças, além de exercer importantes efeitos psicossociais. Ainda existem, porém, vários mitos acerca da prática de exercícios físicos na adolescência e inúmeras dúvidas quanto à influência exata da mesma em fenômenos como o crescimento esquelético e a maturação biológica. Por outro lado, ao contrário do que se pode pensar, a atividade física nesta faixa etária não é isenta de riscos, sendo que estes envolvem desde lesões corporais até deficiências nutricionais.
A atividade física na adolescência acelera o crescimento longitudinal, a espessura dos ossos e a liberação da testosterona e do hormônio de crescimento. Os benefícios psicológicos incluem maior controle das emoções, facilidade de relacionamento com o grupo e conscientização de quais são os seus limites e os dos outros. Um adolescente fisicamente ativo, com hábitos de vida saudáveis, tem mais possibilidades de se tornar um adulto igualmente ativo.

domingo, 28 de junho de 2009

Pensando no terceiro bimestre...

Queridos, o próximo bimestre será um pouco mais pesado em termos de conteúdo teórico e aulas práticas...
Se alguém quiser ir se adiantando nas leituras, o que recomendo é a leitura dos textos abaixo, ok?
Relação entre atividade física, saúde e
qualidade de vida. Notas Introdutórias

Universidade Católica de Brasília
(Brasil)

Luís Otávio Teles Assumpção
Pedro Paulo de Morais
Humberto Fontoura
luis@pos.ucb.br


http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 8 - N° 52 - Septiembre de 2002
1 / 3
Introdução
Historicamente, a Educação Física tem priorizado e enfatizado a dimensão bio-fisiológica. Entretanto, a partir da década de 80, a presença de outros ramos do saber, especialmente das Ciências Humanas tem participado deste debate. Novas questões, advindas da percepção da complexidade das ações humanas, tem sido trazidas por este outro campo científico. Passa-se a estudar a Educação Física em uma visão mais ampla, priorizando a multidisciplinariedade, onde o homem, cada vez mais, deixa de ser percebido como um ser essencialmente biológico para ser concebido segundo uma visão mais abrangente, onde se considera os processos sociais, históricos e culturais.
Este ensaio pretende inserir-se nesta discussão. Seu objetivo é contribuir para o debate, de uma forma introdutória, levantando questões sobre o papel das relações sociais no universo da atividade física.
O trabalho está estruturado em duas partes. Na primeira, buscamos apresentar a visão que, historicamente, tem legitimado a relação entre a atividade física, saúde e qualidade de vida da perspectiva das ciências biológicas. Na segunda parte, com o objetivo de trazer novos elementos para o debate, lançamos um olhar social, cultural e histórico sobre o tema.

O paradigma do Estilo de Vida Ativa
“Paradigmas são as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência.”
(Kuhn, 1997)
A par das evidências de que o homem contemporâneo utiliza-se cada vez menos de suas potencialidades corporais e de que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças degenerativas sustenta-se a hipótese da necessidade de se promoverem mudanças no seu estilo de vida, levando-o a incorporar a prática de atividades físicas ao seu cotidiano. Nessa perspectiva, o interesse em conceitos como “ATIVIDADE FÍSICA”, “ESTILO DE VIDA” e “QUALIDADE DE VIDA” vem adquirindo relevância, ensejando a produção de trabalhos científicos vários e constituindo um movimento no sentido de valorizar ações voltadas para a determinação e operacionalização de variáveis que possam contribuir para a melhoria do bem-estar do indivíduo por meio do incremento do nível de atividade física habitual da população.
Da análise às justificativas presentes nas propostas de implementação de programas de promoção da saúde e qualidade de vida por meio do incremento da atividade física, depreende-se que o principal argumento teórico utilizado está fundamentado no paradigma contemporâneo do estilo de Vida Ativa.
Tal estilo tem sido apontado, por vários setores da comunidade científica, como um dos fatores mais importantes na elaboração das propostas de promoção de saúde e da qualidade de vida da população. Este entendimento fundamenta-se em pressupostos elaborados dentro de um referencial teórico que associa o estilo de vida saudável ao hábito da prática de atividades físicas e, consequentemente, a melhores padrões de saúde e qualidade de vida. Este referencial toma a forma de um paradigma na medida em que constitui o modelo contemporâneo no qual se fundamentam a maioria dos estudos envolvendo a relação positiva entre atividade física, saúde, estilo de vida e qualidade de vida. Identifica-se, neste paradigma, a interação das dimensões da promoção da saúde, da qualidade de vida e da atividade física dentro de um movimento denominado aqui de Movimento Vida Ativa, o qual vem sendo desencadeado no âmbito da Educação Física e Ciências do Esporte, cujo eixo epistemológico centra-se no incremento do nível de atividade física habitual da população em geral.
O pressuposto sustenta a necessidade de se proporcionar um maior conhecimento, por parte da população, sobre os benefícios da atividade física e de se aumentar o seu envolvimento com atividades que resultem em gasto energético acima do repouso, tornando os indivíduos mais ativos.
Neste cenário, entende-se que o incremento do nível de atividade física constitui um fator fundamental de melhoria da saúde pública.

Atividade Física & Saúde
Uma tendência dominante no campo da Educação Física estabelece uma relação entre a prática da atividade física e a conduta saudável. A fisiologia do exercício nos mostra inúmeros estudos sustentando esta tese.
Nesta linha, Matsudo & Matsudo (2000) afirmam que os principais benefícios à saúde advindos da prática de atividade física referem-se aos aspectos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos. Os efeitos metabólicos apontados pelos autores são o aumento do volume sistólico; o aumento da potência aeróbica; o aumento da ventilação pulmonar; a melhora do perfil lipídico; a diminuição da pressão arterial; a melhora da sensibilidade à insulina e a diminuição da freqüência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo. Com relação aos efeitos antropométricos e neuromusculares ocorre, segundo os autores, a diminuição da gordura corporal, o incremento da força e da massa muscular, da densidade óssea e da flexibilidade.
E, na dimensão psicológica, afirmam que a atividade física atua na melhoria da auto-estima, do auto conceito, da imagem corporal, das funções cognitivas e de socialização, na diminuição do estresse e da ansiedade e na diminuição do consumo de medicamentos. Guedes & Guedes (1995), por sua vez, afirmam que a prática de exercícios físicos habituais, além de promover a saúde, influencia na reabilitação de determinadas patologias associadas ao aumento dos índices de morbidade e da mortalidade. Defendem a inter-relação entre a atividade física, aptidão física e saúde, as quais se influenciam reciprocamente. Segundo eles, a prática da atividade física influencia e é influenciada pelos índices de aptidão física, as quais determinam e são determinados pelo estado de saúde.
Para a melhor compreensão deste modelo definem as variáveis que o compõem:
• Atividade Física é definida, segundo Caspersen (1985) como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso.
• Saúde, de acordo com Bouchard (1990), é definida como uma condição humana com dimensões física, social e psicológica, cada uma caracterizada por um continuum com pólos positivos e negativos. A saúde positiva estaria associada à capacidade de apreciar a vida e resistir aos desafios do cotidiano e a saúde negativa associaria-se à morbidade e, no extremo, à mortalidade.
• Para a Aptidão física, adotam a definição de Bouchard et al.(1990): um estado dinâmico de energia e vitalidade que permita a cada um, funcionando no pico de sua capacidade intelectual, realizar as tarefas do cotidiano, ocupar ativamente as horas de lazer, enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva, sentir uma alegria de viver e evitar o aparecimento das disfunções hipocinéticas.
Nesta definição distinguem a aptidão física relacionada à saúde da aptidão física relacionada à capacidade esportiva. A primeira reúne os aspectos bio-fisiológicos responsáveis pela promoção da saúde; a segunda refere-se aos aspectos promotores do rendimento esportivo.
O modelo em questão vem orientando grande parte dos estudos cujo enfoque é a relação entre a atividade física e saúde na perspectiva da aptidão física e saúde (Barbanti,1991; Böhme,1994; Nahas et al.,1995; Freitas Júnior,1995; Petroski,1997; Lopes, 1997; Ribeiro,1998; Fechio,1998; Glaner,1998; Zago et al.,2000).
Para Marques (1999), esta perspectiva contemporânea de relacionar aptidão física à saúde representa um estado multifacetado de bem-estar resultante da participação na atividade física. Supera a tradicional perspectiva do “fitness”, preconizada nos anos 70 e 80 - centrada no desenvolvimento da capacidade cardiorrespiratória - e procura inter-relacionar as variáveis associadas à promoção da saúde. Remete, pois, segundo Neto (1999) a um novo conceito de exercício saudável, no qual os benefícios ao organismo derivariam do aumento do metabolismo (da maior produção de energia diariamente) promovido pela prática de atividades moderadas e agradáveis.
Conforme Neto (1999), o aumento em 15 % da produção diária de calorias - cerca de 30 minutos de atividades físicas moderadas - pode fazer com que indivíduos sedentários passem a fazer parte do grupo de pessoas consideradas ativas, diminuindo, assim, suas chances de desenvolverem moléstias associadas à vida pouco ativa.
Entidades ligadas à Educação Física e às Ciências do Esporte como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Conselho Internacional de Ciências do Esporte e Educação Física (ICSSPE), o Centro de Controle e Prevenção de Doença - USA (CDC), o Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM), a Federação Internacional de Medicina Esportiva (FIMS), a Associação Americana de Cardiologia e o Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) preconizam que sessões de trinta minutos de atividades físicas por dia, na maior parte dos dias da semana, desenvolvidas continuamente ou mesmo em períodos cumulativos de 10 a 15 minutos, em intensidade moderada, já são suficientes para a promoção da saúde (Matsudo,1999). Nesta mesma direção, encontram-se numerosos trabalhos de abordagem epidemiológica assegurando que o baixo nível de atividade física intervém decisivamente nos processos de desenvolvimento de doenças degenerativas (Powell et al., 1985).
Dentre os estudos mais expressivos envolvendo esta linha de pesquisa, tem-se o estudo de Paffenbarger (1993). Analisando ex-alunos da Universidade de Harvard, o autor observou que a prática de atividade física está relacionada a menores índices de mortalidade. Comparando indivíduos ativos e moderadamente ativos com indivíduos menos ativos, verificou que a expectativa de vida é maior para aqueles cujo nível de atividade física é mais elevado. Com relação ao risco de morte por doenças cardiovasculares, respiratórias e por câncer, o estudo sugere uma relação inversa deste com o nível de atividade física .
Estudos experimentais sugerem que a prática de atividades de intensidade moderada atua na redução de taxas de mortalidade e de risco de desenvolvimento de doenças degenerativas como as enfermidades cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, diabetes, enfermidades respiratórias, dentre outras. São relatados, ainda, efeitos positivos da atividade física no processo de envelhecimento, no aumento da longevidade, no controle da obesidade e em alguns tipos de câncer (Powell et al.,1985; Gonsalves,1996; Matsudo & Matsudo,2000).
Destas constatações infere-se que a realização sistemática de atividades corporais é fator determinante na promoção da saúde e da qualidade de vida.

Qualidade de vida
Recentemente, a relação atividade física e saúde vem sendo gradualmente substituída pelo enfoque da qualidade de vida, o qual tem sido incorporado ao discurso da Educação Física e das Ciências do Esporte. Tem, na relação positiva estabelecida entre atividade física e melhores padrões de qualidade de vida, sua maior expressão.
Observa-se, nos eventos científicos, nacionais e internacionais, realizados nos últimos anos, a ênfase dada a esta relação. Muitas são as declarações documentadas neste sentido.
O Simpósio Internacional de Ciências do esporte realizado em São Paulo em outubro de 1998, promovido pelo CELAFISCS com o tema Atividade Física : passaporte para a saúde, privilegiou em seu programa oficial a relação saúde/atividade física/qualidade de vida destacando os seus aspectos funcionais e anatomo-funcionais.
Os resumos e conferências publicadas nos anais do Congresso Mundial da AIESEP realizado no Rio de Janeiro, em janeiro de 1997, cujo tema oficial foi a Atividade Física na perspectiva da cultura e da Qualidade de Vida, destacam a relação da qualidade de vida com fatores morfo-fisiológicos da atividade física.
No I Congresso Centro-Oeste de Educação Física, Esporte e Lazer, realizado em setembro de 1999, na cidade de Brasília, promovido pelas instituições de ensino superior em Educação Física da região Centro-Oeste, o tema da atividade física e saúde representou 20% dos trabalhos publicados nos anais. A temática da atividade física e qualidade de vida foi objeto de discussão em conferências e mesas redondas. Também neste evento observa-se a ênfase dada aos aspectos biofisiológicos da relação atividade física/saúde/qualidade de vida.
Vários autores e entidades ligados à Educação Física ratificam este entendimento.
Katch & McArdle (1996) preconizam a prática de exercícios físicos regulares como fator determinante no aumento da expectativa de vida das pessoas.
A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (1999), em posicionamento oficial, sustenta que a saúde e qualidade de vida do homem podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade física.
Matsudo & Matsudo (1999, 2000), reiteram a prescrição de atividade física enquanto fator de prevenção de doença e melhoria da qualidade de vida.
Lima (1999) afirma que a Atividade Física tem, cada vez mais, representado um fator de Qualidade de Vida dos seres humanos, possibilitando-lhes uma maior produtividade e melhor bem-estar.
Guedes & Guedes (1995) reconhecem as vantagens da prática de atividade física regular na melhoria da qualidade de vida.
Nahas (1997) admite a relação entre a atividade física e qualidade de vida. Citando Blair (1993) & Pate (1995), o autor identifica, nas sociedades industrializadas, a atividade física enquanto fator de qualidade de vida, quer seja em termos gerais, quer seja relacionada à saúde.
Silva (1999), ao distinguir a qualidade de vida em sentido geral (aplicada ao indivíduo saudável) da qualidade de vida relacionada à saúde (aplicada ao indivíduo sabidamente doente) vincula à prática de atividade física à obtenção e preservação da qualidade de vida.
Dantas (1999), buscando responder em que medida a atividade física proporcionaria uma desejável qualidade de vida, sugere que programas de atividade física bem organizados podem suprir as diversas necessidades individuais, multiplicando as oportunidades de se obter prazer e, consequentemente , otimizar a qualidade de vida.
Lopes & Altertjum (1999) escrevem que a prática da caminhada contribui para a promoção da saúde de forma preventiva e consciente. Vêem na atividade física um importante instrumento de busca de melhor qualidade de vida.
O “Manifesto de São Paulo para a promoção de Atividades Físicas nas Américas” - publicado na Revista Brasileira Ciência e Movimento (jan/2000) - destaca a necessidade de inclusão da prática de atividade física no cotidiano das pessoas de modo a promover estilos de vida saudáveis rumo a melhoria da qualidade de vida.
Fora dos círculos acadêmicos, os meios de comunicação constantemente veiculam informações a respeito da necessidade de o homem contemporâneo melhorar sua qualidade de vida por meio da adoção de hábitos mais saudáveis em seu cotidiano.
Neste contexto, a Federação Internacional de Educação Física - FIEP, elaborou o “Manifesto Mundial de Educação Física - 2000”, o qual representa um importante acontecimento na história da Educação Física pois pretende reunir em um único documento as propostas e discussões efetivadas, no âmbito desta entidade, no decorrer do século XX..
O manifesto expressa os ideais contemporâneos de valorização da vida ativa, ou seja, ratifica a relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida e prioriza o combate ao sedentarismo como objetivo da Educação Física (formal e não formal) por meio da educação para a saúde e para o lazer ativo de forma continuada.

Novos olhares sobre a relação Atividade Física e Saúde
Diferentes visões acerca da atividade física, da qualidade de vida e da saúde foram acima apresentadas. Correspondem a visões bastante disseminadas e aceitas no domínio da Educação Física. Em comum, nestas análises, encontramos o acentuado viés biológico que as marca e as caracteriza. Este, historicamente, tem sido a base da formação do profissional de Educação Física.
Segundo compreendemos, a questão não nos parece suficientemente resolvida deste ponto de vista. A relação entre atividade física e saúde envolve uma multiplicidade de questões. Resolvê-la exclusivamente pelo paradigma naturalista é desconhecer a complexidade do tema. O ser humano não pode ser reduzido à dimensão biológica pois é fruto de um processo e de relações sociais bem mais amplas e abrangentes.
Neste contexto, as Ciências Sociais oferecem importante contribuição para o debate ao conceber o homem segundo uma lógica distinta daquela estritamente bio-fisiológica. No entender dessas ciências, a realidade não é um dado unívoco, mas uma construção social, que varia segundo a história, as diferentes estruturas e os diferentes processos sociais.
Na perspectiva naturalista, pouca atenção tem sido dada aos interesses políticos e econômicos associados à saúde, à aptidão física e aos estilos de vida ativa. Esta visão assumiu uma postura eminentemente individualista e biologicista no qual elaborou-se o conceito de vida fisicamente ativa independentemente de uma análise cultural, econômica e política, desconsiderando as contradições estruturais que limitam as oportunidades de diferentes grupos sociais.

Lecturas: Educación Física y Deportes • http://www.efdeportes.com • Año 8 • Nº 52
















PROPOSTA DE UM MODELO TEÓRICO PARA A
Adoção dA PRÁtIcA de AtIVIdAde FÍSIcA

SAMUEL C. DUMITH

Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Departamento de Medicina Social,
Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Pelotas, RS, Brasil

RESUMO
ABSTRACT
oRIGINAL
A compreensão de como as pessoas adotam um estilo de vida fi sicamente ativo constitui um desafi o para a implantação de
políticas públicas e, ao mesmo tempo, um avanço em termos de promoção da saúde. Desse modo, o objetivo do presente
estudo foi propor a utilização de modelos teóricos quando se estuda a adoção da prática de atividade física. Para isso, dividiuse
o trabalho em três partes. Na primeira, são abordadas as teorias/modelos encontrados na literatura, relacionados à adoção
da atividade física. Na segunda, apresenta-se uma proposta de um modelo teórico. E, na terceira parte, comenta-se sobre a
utilidade e aplicação dos modelos teóricos nos estudos sobre atividade física e saúde. Espera-se, com este trabalho, chamar
a atenção dos pesquisadores para a importância de empregar modelos teóricos, estimulando debates a respeito deste assunto,
bem como a disseminação deste conhecimento.
PALAVRAS-CHAVE: Atividade Motora. Modelos Teóricos. Promoção da Saúde. Estatística. Epidemiologia.
Comportamento.
PRoPoSAL oF A tHeoRetIcAL ModeL to PHYSIcAL ActIVItY AdoPtIoN
Understanding how the individuals adopt a physically activity lifestyle represents a challenge to the establishment of public
policies and, simultaneously, an advance in terms of health promotion. Thus, the objective of the present study was to propose
the utilization of theoretical models to investigate the physical activity adoption. The work was divided into three parts. In
the fi rst one, it was introduced the theories/models regarding physical activity found in the literature. In the second part,
the proposal of the new theoretic model, based on the referred background, is presented. In the third part, some comments
concerning utility and application of theoretical model in studies about physical activity and health are made. We hope, with
this research work, awake the researches for the importance of employ theoretical models, enhancing debates about this
subject, as well as the dissemination of this knowledge.
KEYWORDS: Motor Activity. Theoretical Models. Health Promotion. Statistics. Epidemiology. Behavior.
Introdução
O homem moderno é cada vez menos forçado
a se movimentar, ao contrário dos seus ancestrais,
que precisavam disso para conseguir alimento, garantir
refúgio ou defender-se dos inimigos. A atividade
física, antigamente, era uma prática inerente
ao estilo de vida do ser humano. Não era uma
questão de gosto ou de preservação da saúde, mas
sim uma necessidade para a sua sobrevivência. A
evolução tecnológica e da informática fez com que
o esforço que o homem precisava realizar em determinadas
tarefas fosse substituído por máquinas
e/ou equipamentos. Com todas as comodidades e
confortos propiciados pela sociedade contemporânea,
a atividade física deixou de fazer parte da
rotina dos indivíduos.
A falta de atividade física, contudo, pode acarretar
uma expressão genética anormal, produzindo
um fenótipo patológico, visto que o genoma do ser
humano foi programado para a prática regular de
atividade física1. Estimativas do World Health Report
de 2002 apontam que aproximadamente 3%
da carga global de doenças nos países desenvolvidos
e que mais de 20% das doenças cardíacas e
10% dos derrames se devem à inatividade física2.
Este mesmo documento indica que a inatividade
física está entre as 10 principais causas de morte
e incapacidade no mundo desenvolvido. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) estima que em
torno de 2 milhões de mortes ao redor do mundo
são causadas pela inatividade física3.
Existem recentes e fortes evidências de que a
prática regular de atividade física não apenas diminui
o risco de mortalidade entre adultos e idosos
como também reduz o risco de desenvolver doença
coronariana, derrame, hipertensão arterial, dislipidemia,
diabetes, síndrome metabólica, câncer
de cólon e de mama4. Além disso, previne o ganho
de peso, contribui com a sua perda, melhora o condicionamento
cardiorrespiratório e muscular, atua
na prevenção de quedas, reduz a depressão e melhora
função cognitiva4. Alguns desses benefícios
se aplicam também a crianças e adolescentes.
A recomendação atual mais difundida mundialmente
preconiza que, para que a atividade física
proporcione benefícios para a saúde, os adultos
saudáveis devem praticar pelo menos 30 minutos
de atividade física de intensidade moderada em
pelo menos cinco dias da semana, ou 20 minutos
de atividade vigorosa em pelo menos três dias da
semana5. Para crianças e adolescentes, a recomendação
é que pratiquem diariamente pelo menos 60
minutos de atividade física de intensidade moderada
a vigorosa6.
Ainda assim, apesar de todos os benefícios
concedidos pela prática regular de atividade física,
relatório da OMS de 2002, com indivíduos de idade
igual ou superior a 15 anos, aponta que cerca de
17% da população mundial não pratica nenhuma
atividade física, e que aproximadamente 60% não
atingem o critério para ser considerado fisicamente
ativo (2,5 h/sem ou 150 min/sem)2. Vale ressaltar
que foi considerada a prática de atividade física
nestes quatro grandes domínios: lazer (atividades
esportivas e de recreação), trabalho (remunerado
ou não, envolvendo esforço físico), deslocamento
(a pé ou de bicicleta para escola, trabalho e outros
locais) e durante o serviço doméstico (tarefas de
casa, jardinagem etc.). No Brasil, levantamento nacional
feito pelo Ministério da Saúde (VIGITEL),
em 2007, aponta que quase um terço (29,2%) da
população adulta é sedentária, isto é, não pratica
nenhuma atividade física. Quando considerado
apenas o domínio lazer, somente 15,5% atingem a
recomendação de pelo menos 30 minutos de atividade
moderada em cinco ou mais dias da semana
ou 20 minutos de atividade vigorosa em três ou
mais dias da semana7.
Esses achados demonstram que as evidências
acumuladas sobre a atividade física na promoção
da saúde, por si só, são insuficientes para produzir
mudanças consideráveis deste comportamento.
Em contrapartida, deve se levar em conta que esse
conhecimento nem sempre chega às pessoas, ou
atinge somente uma pequena parcela da população.
Portanto, tendo em vista os inúmeros benefícios
da atividade física para a saúde4, o alto custo
decorrente do estilo de vida sedentário8, 9 e a elevada
fração atribuível da inatividade física sobre
doenças crônicas10 e mortalidade11, a compreensão
de como as pessoas adotam um estilo de vida fisicamente
ativo constitui um desafio para a implantação
de políticas públicas e um avanço em termos
de promoção da saúde.

domingo, 21 de junho de 2009

Trabalho final do 2º bimestre

O trabalho final é estudar TUDO referente a SEDENTARISMO, ok?
O conteúdo será cobrado em prova essa semana!!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Handebol


APRENDA A JOGAR
Regras Básicas:
• Área do Gol: Fica entre a linha de fundo e a linha de 6m. Somente o goleiro pode permanecer na área de gol. O atacante que penetra essa área é castigado com um tiro livre; se for propositadamente e não tiver a posse da bola, será dado tiro livre. O jogador que invadir a área de gol, depois de ter lançado a bola, não está sujeito a qualquer punição, desde que isso não resulte em prejudizo para a ação do adversário.
• Goleiro / Gol: O goleiro é o único jogador que pode se deslocar para qualquer posição da quadra; é o único que pode parar ou rebater a bola com os pés (mas isso apenas na sua área), fora dela deve jogar como qualque jogador de linha. Só sera considerado gol a bola que lançada regularmente ultrapasse inteiramente a linha de gol por, dentro da baliza.
• Manejo da Bola: É permitido lançar, bater, empurrar, socar, parar e pegar a bola, não importa de que maneira, com a ajuda das mãos, braços, cabeça, tronco, coxas e joelhos. Segurar a bola durante o máxio de três segundos, mesmo ela estando no chão. Fazer o máximo de três passos com a bola na mão. É proibido conduzir ou manejar a bola com os pés.
• Comportamento: - Para com o adversário - Utilizar os braços ou as mãos para se apoderar da bola. Tirar a bola da mão do adversário com as mãos abertas, não importa de que lado. Bloquear o caminho ao adversário com o corpo. É proibido arrancar a bola do adversário com uma ou duas mãos, assim como bater com o punho na bola que o mesmo tem as mãos.
• Tiro de meta: O tiro de meta é ordenado nos seguintes casos: quando, antes de ultrapassar a linha de fundo, a bola tenha sido tocada por um jogador da equipe atacante ou pelo goleiro da equipe defensora, estando este dentro da sua área de gol. O tiro de meta deve ser cobrado dentro da área do goleiro, e só ele poderá colocar a bola em jogo.
• Tiro lateral: O tiro lateral é ordenado desde que a bola tenha ultrapassado totalmente a linha lateral. Ao ser cobrado o jogador deverá manter um pé sobre a linha lateral e o outro fora da quadra, caso isto seje desrespeitado o árbitro poderá ordenar nova cobrança de lateral ou aplicar reversão, dando o direito da cobrança a equipe adversária.
• Tiro de 7m: Este tiro apenas é ordenado com a execução de uma falta grave sobre o adversário; no momento da cobrança os jogadores da defesa e ataque deverão permanecer atrás da linha de 9m. O jogador que for cobrar deverá manter um pé fixo perante a linha de 7m, não podendo invadí-la ou mover este pé.
• Tiro livre: É ordenado tiro livre nos seguintes casos: entrada ou saída irregular de um jogador; mau comportamento; faltas cometidas pelos jogadores na área de gol; lançamento intencional da bola para sua área de gol; faltas do goleiro; execução ou conduta irregular nos tiros de lateral, escanteio, livre, tiro de meta e 7m; atitude antidesportiva.
• Execução: Antes da execução de todos os tiros citados acima a bola deverá pousar na mão do lançador e todos os jogadors deverão ter tomado a posição regularmente. Apenas o lançador pode tocar na bola e este não deve ficar batendo-a contra o chão, pois o árbitro pode considerar o tiro como cobrado e aplicar reversão da jogada.

A Quadra de Handebol e suas medidas:

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Tarefa da semana

De acordo com a parte de discussão do artigo científico, quais foram as variáveis analisadas e qual a importância de cada uma delas?
Vocês teriam vontade de realizar uma pesquisa como esta na escola?
Responder até 25/05

sábado, 16 de maio de 2009

Tarefa da semana

Como a tarefa dessa semana depende da entrega do trabalho por parte de vocês, só postarei a nova no dia 19.o5, ok?

domingo, 10 de maio de 2009

Tarefa da semana

OI! Essa semana vocês lerão a parte de Material e Métodos e mandaram para o email TODAS as palavras que não conheçam o significado, ok? TODAS!!!
Até 18.05!
Lembrando que a tarefa da semana passada , só receberei até 11/05!(amanhã).

terça-feira, 5 de maio de 2009

Leiam como uma jovem pode ser brilhante...

Bonita, inteligente, dançarina e uma das vencedoras de um concurso promovido pela Unesco que trouxe o tema: Como Vencer a Pobreza e a Desigualdade. O texto abaixo foi considerado um dos cinco melhores, num universo de 50 mil concorrentes. Essa é Clarice Zeitel Vianna Silva, 26 anos, estudante de direito, dançarina do caldeirão do Huck. Talvez, o pré-requisito de ser dançarina tenha chamado a atenção da mídia para o concurso promovido pela UNESCO. E ainda bem...pois não só o tema desenvolvido por Clarice é muito bom, como os demais apresentados também o são.



"É disso que o Brasil precisa: mudanças
estruturais, revolucionárias, que quebrem esse
sistema-esquema social montado..."
Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – RJ
PÁTRIA MADRASTA VIL
Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência... Exagero
de escassez... Contraditórios?? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não
pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância
de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada – e friamente
sistematizada – de contradições.
Há quem diga que "dos filhos deste solo és mãe gentil.", mas eu digo que não
é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil
está mais para madrasta vil.
A minha mãe não "tapa o sol com a peneira". Não me daria, por exemplo, um
lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica. E mesmo há
200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a
liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me
enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro PACote que fosse efetivo na resolução
do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que
de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de
oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A
minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta,
por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem
esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas,
mudanças que transformem! A mudança que nada muda é só mais uma
contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a
pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância
que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade:
nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado
não modificam a estrutura. As classes média e alta – tão confortavelmente situ127
Como vencer a pobreza e a desigualdade | How to stop poverty and inequality | Comment vaincre la pauvreté et l'inégalité'
adas na pirâmide social – terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve
mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro
pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com
a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe
que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um
posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por
todos...
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Perguntese:
quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil?
Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?
..........................................

domingo, 3 de maio de 2009

Gabarito da prova

QUESTÕES

1. Eduardo, um indivíduo do sexo masculino, com 87 kg, 1,92m de altura, 30 anos, resolveu iniciar uma nova rotina de atividades físicas. Curioso, ele deseja saber em qual biotipo se encaixa e qual a sua necessidade diária de calorias (TMB).
Com os textos e informações abaixo, ajude-o a descobrir esses dados. (respostas sublinhadas).

• A fórmula para calcular o Índice de Massa Corporal é:
IMC = peso / (altura)2
• Tabela IMC
Cálculo IMC Situação
Abaixo de 18,5 Você está abaixo do peso ideal
Entre 18,5 e 24,9 Parabéns — você está em seu peso normal!
Entre 25,0 e 29,9 Você está acima de seu peso (sobrepeso)
Entre 30,0 e 34,9 Obesidade grau I
Entre 35,0 e 39,9 Obesidade grau II
40,0 e acima Obesidade grau III










• BIOTIPO
Principalmente três tecidos determinam o tipo corporal de uma pessoa: os ossos, os músculos e as reservas de gordura. Com base nesses componentes, pesquisadores definiram três características físicas: ectomorfo, mesomorfo e endomorfo.

A resposta do cálculo é 23,6
Biotipo mesomorfo


• TMB
Para calcularmos o metabolismo basal de um indivíduo, ou seja, quantas calorias o indivíduo necessita para sobreviver em repouso, segundo WILLIAMS (1995), basta substituirmos os dados abaixo como peso, altura e idade, do mesmo na equação de Harris Benedict abaixo.
TMB = Taxa Metabólica Basal em kcal/dia
Equação de Harris-Benedict (1919)
HOMENS: TMB = 66,47 + (13,75 . P*) + ( 5,00 . A*) - (6,76 . I*)
MULHERES: TMB = 655,1 + (9,56 . P*) + ( 1,85 . A*) - (4,68 . I*)
• P = Peso em Kg/ *I = Idade em anos/ *A = Altura em cm
A resposta do cálculo é 1.069,52 kcal por dia

A segunda questão requeria entendimento prévio do que seriam fontes energéticas e daí partir para a criação de um diagrama( desenho ou gráfico). A maioria fez resumo...
A resposta do enigma...
ZENITH
POLARS
Basta substituir as letras pelas correspondentes verticalmente, exemplo:

ODUCIÇIE FÁHACI
EDUCAÇÃO FÍSICA
Entenderam? Agora é só brincar de mandar cartas enigmáticas, faz muito bem ao cérebro!!!

Vamos para o 2º!!!

Oi, pessoal!!!
Agora já estamos acostumados a aprender e conhecer novos assuntos pela internet, vamos aprofundar nossos estudos sobre composição corporal.
O artigo abaixo será estudado por partes até o final do 2º bimestre .
A primeira tarefa é ler o resumo e a introdução e mandar comentário( inteligente e inteligível) para o meu e-mail, ok?
Até o dia 11.05!



Revista Brasileira de Epidemiologia
ISSN 1415-790X versãoimpressa
Rev. bras. epidemiol. v.11 n.1 São Paulo mar. 2008
doi: 10.1590/S1415-790X2008000100015
ARTIGOS ORIGINAIS



Associações entre atividade física, índice de massa corporal e comportamentos sedentários em adolescentes



Associations between physical activity, body mass index, and sedentary behaviors in adolescents





Kelly Samara da SilvaI, II; Markus Vinicius NahasI, II; Luana Peter HoefelmannII; Adair da Silva LopesI, II; Elusa Santina de OliveiraI, II

IPrograma de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina
IINúcleo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina

Correspondência






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RESUMO

OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo determinar a associação do índice de massa corporal (IMC) com os níveis de atividade física (AF) e comportamentos sedentários (assistir TV, usar computador ou jogar videogames) em adolescentes de escolas públicas do Estado de Santa Catarina (15-19 anos; n = 5.028).
MÉTODOS: As informações foram coletadas por meio de questionário desenvolvido e validado para adolescentes. Foram considerados insuficientemente ativos, os jovens que não acumulavam pelo menos 300 minutos/semana de atividades físicas moderadas ou vigorosas. Considerou-se para o uso excessivo de TV e computador/games um tempo > 2 horas/dia; para excesso de peso corporal, utilizou-se a tabela internacional de IMC para adolescentes.
RESULTADOS: O excesso de peso corporal foi mais prevalente entre os rapazes (12,7% vs 7,9%, p<0,001), e houve uma maior proporção de moças insuficientemente ativas (37,0% vs 21,0%, p<0,001). A chance de ter excesso de peso corporal foi 74% maior entre os rapazes pouco ativos em comparação com os ativos, e entre as moças de menor renda familiar (OR=1,85) e as que residiam na zona urbana (OR=2,22). A chance de serem menos ativos foi 43% maior entre os rapazes que assistiam mais TV e 73% maior para aqueles com excesso de peso corporal. Nas moças, a chance de pouca atividade física foi 54% maior entre as que trabalhavam.
CONCLUSÕES: a prevalência de excesso de peso corporal foi maior entre os rapazes, mesmo sendo mais ativos do que as moças. Nos rapazes, o excesso de peso estava significativamente associado à menor prática de atividade física e, nas moças, à menor renda familiar e local de moradia.

Palavras-chave: Sobrepeso. Obesidade. Atividade física. Computador. Televisão. Adolescente.


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ABSTRACT

OBJECTIVE: The objective of this study was to analyze the associations of body mass index (BMI) with physical activity, sedentary behaviors (TV, computer/videogames) in a representative sample (n=5,028) of adolescents (15-19 years) in the State of Santa Catarina, Brazil.
METHODS: Data was collected using a validated health behavior questionnaire developed for adolescents. Excess body weight was determined according to the international BMI tables developed for adolescents. Students were classified as not being physically active if they reported having less than 300 minutes of moderate/vigorous physical activity (MVPA) per week. Two or more hours a day was considered excess screen time (TV, computer, games).
RESULTS: Excess body weight was more prevalent (p<0.001) among boys (12.7%) than girls (7.9%), but inadequate physical activity was more prevalent (p<0.001) among girls (37%) than boys (21%). Less active boys had a greater chance (74%) of having excess body weight when compared to active ones. Among girls, those belonging to families with lower income (OR=1.85) and living in urban areas (OR=2.22) were at greater risk of having excess body weight. An inadequate level of physical activity was seen among boys with excess screen time or excess body weight. Also, working girls were more likely (54%) of being less active.
CONCLUSIONS: Excess body weight was more prevalent among boys, although they were more active than girls. For boys, excess body weight was inversely associated with physical activity, while, for girls, it was more prevalent among those with lower income and who lived in urban areas.

Keywords: Overweight. Obesity. Physical activity. Computer. Television. Adolescent.


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Introdução

A obesidade e o sedentarismo representam problemas importantes para a saúde pública, tanto pelo aumento acelerado em suas prevalências como pela associação com efeitos adversos à saúde cardiovascular e metabólica em idades cada vez mais precoces1. Por outro lado, são muitas as evidências de que a prática regular de atividades físicas auxilia no controle e manutenção do peso corporal2 e na redução de riscos cardiovasculares3.

Nas últimas três décadas, a prevalência de excesso de peso corporal entre os jovens cresceu significativamente em diversos países, inclusive no Brasil4, e mudanças nos padrões de atividade física acompanharam essa tendência5,6. Estudos com crianças e adolescentes observaram que a diminuição da prática de atividades físicas nas escolas e nas comunidades pode ser, em parte, decorrente do aumento do tempo despendido diante da TV ou do computador7. Levantamentos nacionais8 e internacionais9-14 também encontraram forte associação entre baixos níveis de atividade física e aumento na prevalência de sobrepeso em adolescentes.

Blair e Brodney2, em pesquisa longitudinal, constataram que o aumento no índice de massa corporal é um fator de risco secundário quando o nível de atividade física é elevado. Embora vários estudos considerem que os adolescentes menos ativos estão mais propensos à obesidade, a relação entre atividade física e obesidade,
nessa população, não foi claramente estabelecida. Assim, o presente estudo teve como objetivos: (a) determinar a prevalência de excesso de peso corporal e os níveis de atividade física numa amostra probabilística de adolescentes do Estado de Santa Catarina; (b) comparar a prevalência de excesso de peso corporal em adolescentes considerados ativos e pouco ativos; e (c) analisar a relação entre a atividade física, excesso de peso corporal, tempo de TV e uso do computador/games.



Material e Métodos

Este estudo é parte de um levantamento epidemiológico de corte transversal sobre o Estilo de Vida e os Comportamentos de Risco dos Jovens Catarinenses – COMPAC, desenvolvido em 2002 pelo Núcleo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina – NUPAF/UFSC. Este projeto foi financiado pelo CNPq, recebeu parecer de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (nº 064/2000 de 11/09/2000) e acompanha normas da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa envolvendo seres humanos.

A população incluiu estudantes do Ensino Médio, de 15 a 19 anos de idade, de ambos os sexos, matriculados em escolas públicas do Estado de Santa Catarina. Em todo o Estado, existiam 26 Unidades Regionais de Educação, com cerca de 205 mil jovens matriculados no ensino secundário, segundo dados da Secretaria de Estado da Educação. O processo amostral foi realizado em três estágios: I – Unidades Regionais de Educação em cada uma das seis regiões geográficas do Estado (Oeste, Planalto Serrano, Norte, Vale do Itajaí, Litoral e Sul); II – Escolas (segundo o porte da escola: grande – mais de 500 alunos; médio – 200 a 499; e pequeno – menos de 200 alunos); e III – Turmas (aleatória por conglomerado, conforme relação fornecida pela Secretaria de Educação do Estado).

Para calcular o número de adolescentes da amostra, considerou-se a proporcionalidade dos alunos dos turnos diurno e noturno, a representatividade por sexo, o tamanho da escola e a região geográfica. Utilizou-se o cálculo amostral proposto por Luiz e Magnanini15, considerando um intervalo de confiança de 95% e erro tolerável de 2%. Como a amostra foi por conglomerados (turmas intactas), multiplicou-se por dois (efeito do design amostral – deff) o tamanho inicialmente calculado. Com isso, estimou-se em cerca de 4.800 escolares o tamanho mínimo da amostra e, por segurança, decidiu-se acrescentar 25% para os casos de perda na coleta.

Seguindo o plano amostral, 5.463 sujeitos responderam ao questionário e, após serem excluídos os estudantes fora da faixa etária (n = 380) e os que não preencheram completamente o questionário (n = 55), a amostra final ficou em 5.028 adolescentes, mantendo-se o poder estatístico inicial. As informações foram coletadas através do questionário COMPAC (Comportamento do Adolescente Catarinense), que foi construído a partir de componentes de outros instrumentos de uso internacional, para avaliar o estilo de vida e comportamentos de risco de adolescentes, escolares do ensino médio. No processo de validação do instrumento, consideram-se os seguintes aspectos: validade de face e conteúdo (por análise de três especialistas na área, professores doutores da UFSC); reprodutibilidade (teste-reteste, em grupos, administrado por um mesmo aplicador com intervalo de uma semana); e objetividade (teste-reteste com aplicadores diferentes). Além disso, uma aplicação piloto permitiu avaliar o tempo médio para responder ao questionário e as possíveis dúvidas de interpretação dos estudantes. Participaram desse processo de validação, 60 estudantes do ensino médio de escolas que não foram incluídas na amostra geral da pesquisa, com idades de 15 a 19 anos. Foram utilizados os seguintes procedimentos estatísticos para análise: ANOVA-one way, cálculo do Coeficiente de Correlação Intraclasse (R), e o índice Kappa.

O tempo médio de aplicação do questionário ficou em 20 minutos (de 15 a 25 minutos), não tendo sido observada qualquer dúvida de entendimento nas questões. Os valores de R para os itens independentes e agrupados por unidade temática variaram de 0,64 a 0,99, podendo-se considerar o instrumento como válido e confiável para utilização com estudantes do ensino médio, com idades de 15 a 19 anos.

As questões sobre atividades físicas incluíram a prática de esportes e outras atividades de lazer, atividades domésticas, ocupacionais e a forma de deslocamento ativo (caminhar ou pedalar) para a escola ou trabalho. Para classificação dos níveis de atividade física, adotou-se como ponto de corte o total de 300 minutos semanais de atividades físicas moderada a vigorosa – AFMV. Foram considerados suficientemente ativos, os jovens que acumularam um mínimo de 300 minutos/semana de AFMV16. Em relação aos comportamentos sedentários (horas de TV; Computador/games), os alunos responderam a duas questões objetivas: (a) Em geral, quantas horas por dia você assiste TV durante a semana? e (b) Quantas horas por dia você usa o computador e/ou videogame? Determinou-se como tempo excessivo de TV e Computador/games o uso por tempo e" 2 horas/dia17. O índice de massa corporal (IMC) foi calculado por meio de medidas referidas do peso corporal (kg) e da estatura (m), sendo classificados como excesso de peso corporal os jovens com valores de IMC superiores aos pontos de corte, por idade e sexo, na tabela para adolescentes18.

Na análise estatística, foi utilizado o teste do Qui-quadrado para comparação do excesso de peso corporal, nível de atividade física e comportamentos sedentários entre os sexos e em cada sexo. Para comparar a prevalência de excesso de peso corporal nos adolescentes classificados como ativos e pouco ativos, foi utilizado o Teste de Proporção, e, para medida de associação, recorreu-se à análise de regressão logística multivariada, estratificada por sexo, para dois modelos de variável dependente. No primeiro modelo, o IMC foi a variável dependente (excesso de peso corporal: sim ou não) e as independentes foram atividade física, assistir TV e usar o computador/games, tendo como variáveis de controle a idade (15 a 19 anos), renda familiar (> R$ 1.000,00 e < R$ 1.000,00); situação do domicílio (rural e urbano); morar com familiares (sim ou não); moradores por domicílio (até 4 pessoas ou e" 5 pessoas); número de irmãos (nenhum; 1-2 irmãos; 3 ou mais) e situação atual de trabalho (sim ou não). No segundo modelo, o procedimento foi similar, com inversão da atividade física, que passou a ser variável dependente (suficientemente ativo ou pouco ativo), e do IMC, como variável independente.



Resultados

Fizeram parte deste estudo 2.044 rapazes e 2.984 moças na faixa etária de 15 a 19 anos, selecionados aleatoriamente nas escolas públicas estaduais do Estado de Santa Catarina. Isso pode ser considerado uma das limitações no estudo, uma vez que as escolas particulares, com aproximadamente um terço do total de alunos secundaristas e provenientes de famílias com maior poder aquisitivo, não foram incluídas na amostra.

A prevalência de excesso de peso corporal foi maior nos rapazes quando comparados às moças (12,7% vs 7,9%, p < 0,001). Em relação à atividade física, 21% dos rapazes e 37% das moças foram classificados como pouco ativos (p < 0,001); para os comportamentos sedentários, mais de 70% dos adolescentes assistiam TV ou usavam o computador/games por tempo igual ou superior a duas horas por dia, não sendo observadas diferenças estatísticas significativas entre os sexos (p > 0,05).

Quando analisado o excesso de peso corporal entre os rapazes e moças, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as idades (p > 0,05). O mesmo foi observado quanto aos comportamentos sedentários (Tabelas 1 e 2). Em relação à atividade física, à medida que a idade aumentava a proporção de rapazes e moças insuficientemente (pouco) ativas era maior, sendo esta tendência estatisticamente significativa somente para o sexo feminino (p < 0,05).















A prevalência do excesso de peso corporal entre os jovens nos dois níveis de atividade física foi analisada em ambos os sexos (Tabela 3). Apesar de os valores percentuais do excesso de peso corporal serem diferentes entre os rapazes pouco ativos (15,5%) e os ativos (12,2%), não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes (p < 0,05) entre esses grupos.

Na análise por idade, encontrou-se maior prevalência entre os rapazes pouco ativos de 15 e 16 anos quando comparados aos ativos da mesma faixa etária (p < 0,05) e entre os que assistiam TV em excesso (p < 0,05). Nas moças, os níveis de atividade física não se mostraram associados à prevalência do excesso de peso corporal (p > 0,05).

Na análise de regressão logística ajustada, tendo como variável dependente o excesso de peso corporal (Tabela 4), os rapazes classificados como pouco ativos apresentaram 74% de chances a mais de terem excesso de peso corporal em comparação aos ativos. As demais variáveis não se mostraram associadas (p > 0,05). Nas moças, não foram observadas associações significativas entre o excesso de peso e a atividade física; porém, observou-se maior chance para o excesso de peso corporal entre aquelas com menor renda familiar (OR = 1,85; IC95% = 1,01-3,40) em relação às de maior renda (³ R$ 1.000,00) e entre as que residiam na zona urbana (OR = 2,22; IC95% = 1,04-4,78) quando comparadas às moças que moravam na zona rural.








Quando a variável dependente foi a atividade física (Tabela 5), verificou-se que as chances dos rapazes serem pouco ativos eram 43% maiores entre os que assistiam TV por tempo e" 2h/dia em relação aos que assistiam menos tempo, e 73% maior entre os que apresentaram excesso de peso corporal quando comparados àqueles que não apresentaram. Nas moças, a chance de praticar menos atividade física por semana foi 54% maior entre as que trabalhavam em comparação às que não trabalhavam (OR = 1,54; IC95% = 1,19-1,99), e as demais variáveis se mostraram dissociadas da atividade física.








Discussão

Rapazes e moças, nesta amostra, não diferiram quanto ao tempo dedicado a comportamentos sedentários (assistir TV e utilizar o computador ou jogar videogames). Enquanto a prevalência de excesso de peso corporal foi maior entre os rapazes, foi observada uma maior proporção de moças insuficientemente ativas (< 300 min/sem AFMV). Outros estudos com jovens nesta faixa etária também observaram maior prevalência de excesso de peso corporal entre os rapazes9,10,19, assim como maior proporção de rapazes suficientemente ativos em relação às moças8,10,20.

Thompson e colaboradores21 também relataram maior prevalência de sobrepeso em adolescentes do sexo masculino na Nova Escócia (Canadá), mas não houve diferenças nos níveis de atividade física entre os sexos. Outro estudo, realizado no Texas (EUA) e em Taumalipas (México), demonstrou que o nível habitual de atividades físicas foi maior entre os rapazes de ambas as cidades, e que não houve diferenças entre os sexos para o tempo gasto com TV (e" 3h/dia). Já o excesso de peso corporal foi maior nos rapazes do que nas moças na cidade do Texas22.

No presente estudo, a prevalência de excesso de peso corporal não diferiu entre as idades (15 a 19 anos) em ambos os sexos. O mesmo foi observado em adolescentes americanos14; porém, em jovens canadenses, verificou-se maior prevalência de excesso de peso corporal nos adolescentes de 15-16 anos em comparação aos de 11-14 anos9. Em relação à atividade física, a idade foi um fator discriminante entre as moças (as mais jovens eram mais ativas em comparação às mais velhas), o que não ocorreu entre os rapazes. Outros estudos têm mostrado uma redução nos níveis de atividade física com o aumento da idade em ambos os sexos21.

Entre as moças desse estudo, não foram observadas diferenças na prevalência de excesso de peso corporal quando comparados os grupos mais e menos ativos, assim como o tempo de TV. Entre os rapazes mais jovens (15/16 anos), ser pouco ativo e assistir mais que duas horas de TV por dia aumentava a chance de ter excesso de peso corporal em relação aos demais. Em outros estudos, à medida que a participação em atividade física aumentava, as chances dos jovens apresentarem excesso de peso diminuía9,12. No Third National Health and Nutrition Examination Survey, ao analisar crianças e adolescentes em estudos transversais seqüenciais (1988-1994), observou-se que os rapazes menos ativos e que assistiam mais TV apresentavam maior IMC em relação aos vigorosamente ativos e que assistiam menos TV (< 2h/dia). Entre as moças, não foram observadas diferenças significativas20.

Em adolescentes canadenses, não se observou associação entre os níveis de atividade física e o excesso de peso corporal21; entretanto, um estudo recente13 mostrou que moças americanas com sobrepeso e obesidade apresentavam, respectivamente, 10% e 6% menos atividade física em comparação com as de peso normal. Em relação aos comportamentos sedentários, diversos estudos demonstraram associação entre o tempo de TV e o excesso de peso corporal9,10,23,24. Já o uso do computador não se mostrou associado ao excesso de peso corporal ou a pouca atividade física nesse estudo, como ocorreu em outras pesquisas10,24.

Ao considerar o excesso de peso corporal como variável dependente, observou-se maior chance dessa ocorrência entre os rapazes pouco ativos em comparação com os ativos. Estudo longitudinal (1997-2000) demonstrou decréscimo da chance de ter sobrepeso e obesidade entre os adolescentes que faziam mais de trinta minutos de atividade física por dia; entretanto, não foram observadas associações significativas com os comportamentos sedentários6. Nos Estados Unidos, os rapazes com menos sessões semanais de atividade física apresentaram aumento do sobrepeso quando comparados aos que realizavam mais de cinco sessões25. Em um estudo realizado com jovens japoneses, a inatividade física também se mostrou associada ao excesso de peso corporal em adolescentes de ambos os sexos19.

Um estudo realizado com adolescentes de 34 países observou que a chance de sobrepeso reduzia quando a atividade física (e" 60 minutos/dia) aumentava (tendência observada em 29 dos 34 países). Em 22 dos países analisados nesse estudo, o excesso de peso corporal era menos prevalente quando o tempo de TV diminuía (< 3 horas/dia); porém, o uso do computador não apresentou associação significativa com o excesso de peso corporal11. Apesar do presente estudo não ter encontrado associação do tempo de TV com o excesso de peso corporal, diversos autores encontraram maior chance de sobrepeso entre os adolescentes que assistiam mais horas de TV9,14,23,25. Por outro lado, pode-se considerar que não é apenas o tempo de TV que determina o aumento do peso corporal, e sim a redução do nível de atividade física geral, que acontece também em função do aumento de tempo dedicado ao uso da TV e do computador.

Com o intuito de responder a esse questionamento, adotou-se a atividade física como variável dependente para analisar a influência dos comportamentos sedentários e do excesso de peso entre os adolescentes classificados como pouco ativos. Os resultados demonstraram que a chance de ser pouco ativo foi maior entre os rapazes que assistiam mais de 2h/dia de TV (OR = 1,43; IC95% = 1,00-2,07) e entre os que apresentavam excesso de peso corporal (OR = 1,73; IC95% = 1,08-2,79), em relação aos seus pares. Nas moças, a atividade física mostrou-se dissociada do excesso de peso corporal e dos comportamentos sedentários.

Adolescentes canadenses que assistiam mais TV também eram mais inativos em relação aos que assistiam menos26. Em adolescentes americanos, a atividade física associou-se ao tempo gasto vendo TV somente entre as moças23. Berkey et al.27, em estudo de corte (1997-1998), observaram que o aumento da atividade física reduziu o excesso de peso corporal nos adolescentes de ambos os sexos. Também foi observado que os adolescentes chineses que faziam mais de 60 minutos de atividade física por dia apresentaram menor chance de excesso de peso corporal em comparação com os que realizavam menos de 30 min/dia6. Dados transversais do Third National Health and Nutrition Examination Survey demonstraram que a chance de sobrepeso e obesidade foi menor entre os rapazes que participavam de atividade física em comparação com os que não participavam. As moças de 14-16 anos que faziam exercícios e esporte também reduziram as chances de excesso de peso corporal14.

Em relação às variáveis demográficas e socioeconômicas, os resultados deste estudo demonstraram maior chance de excesso de peso corporal entre as moças que residiam na zona urbana e as de baixa renda familiar em comparação com as que moravam na zona rural e de renda elevada. As moças que trabalhavam foram menos ativas em relação às que não trabalhavam. No estudo realizado com adolescentes de 15-19 anos das regiões nordeste e sudeste do Brasil (Pesquisa sobre Padrões de vida PPV 1996-1997), observou-se que a renda familiar elevada influenciou o excesso de peso corporal entre os rapazes de ambas as regiões. A prevalência também foi maior entre os mais jovens e que moravam em famílias com até quatro pessoas na região nordeste. Entre as moças, não foram observadas associações28, divergindo do presente estudo.

Dentre as limitações, destaca-se a obtenção do IMC por meio de medidas auto-referidas de estatura e massa corporal. Diversos pesquisadores têm utilizado essa forma de avaliação9,23 e estudos de validação demonstraram boa correlação entre medidas referidas e auferidas em adolescentes (r = 0,87-0,93)29. As demais variáveis também foram auto-relatadas por meio de um questionário, podendo apresentar valores subestimados ou superestimados, por se tratarem de comportamentos socialmente indesejáveis ou desejáveis. O questionário, porém, é um instrumento bastante difundido em estudos epidemiológicos pelo fácil acesso a grandes grupos e o baixo custo. Além disso, a não inclusão das escolas particulares do Estado pode ser considerada como outra limitação do estudo.

Pode-se concluir que os rapazes apresentaram maior prevalência de excesso de peso corporal e eram mais ativos do que as moças, e que mais de 70% dos jovens em geral tinham comportamentos sedentários em excesso (dois terços dos adolescentes assistiam TV e um terço usava computador/games duas ou mais horas por dia). Nos rapazes, o excesso de peso corporal associou-se à menor prática de atividades físicas e, nas moças, observou-se maior prevalência de excesso de peso corporal entre aquelas de menor renda familiar e com local de residência na zona urbana. Por sua vez, o menor nível de atividade física foi associado ao excesso de peso corporal e tempo excessivo de TV nos rapazes, e ao fato de ter um trabalho nas moças.



Referências

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29. Galán I, Gandarillas A, Febrel C, Meseguer CM. Validación del peso y la talla autodeclarados en población adolescente. Gac Sanit 2001; 15(6): 490-7.

terça-feira, 21 de abril de 2009

QUERIDOS, CUIDADO!

Injeção complexos vitamínicos para animais faz duas vitímas
Fonte: Jornal de Brasília
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Dois adolescentes de 16 anos consumiram complexos vitamínicos para animais e sofreram infecções nos braços e intoxicação.
Dois adolescentes do interior de Goiás estão internados em estado grave depois de terem recebido, com a intenção de desenvolver os músculos, aplicações de complexos vitamínicos para animais.
Os jovens, ambos de 16 anos, consumiram os produtos quarta-feira na cidade de Caiapônia (346 quilômetros de Goiânia) e passaram mal horas depois. Ainda na quarta, foram transferidos para Goiânia. Os dois correm risco de morte.
De acordo com a Polícia Civil, eles consumiram 230 ml dos complexos vitamínicos, enquanto, no gado, a quantidade aplicada costuma ser de 1 ml para cada 50 quilos.
Os complexos vitamínicos são comercializados em agropecuárias. De acordo com a Vigilância Sanitária do Estado, um dos produtos aplicados foi o ADE, usado para engordar bois com anemia.
Segundo a direção do Hospital de Urgências de Goiânia, os dois adolescentes sofreram infecções nos braços, onde as aplicações foram feitas, e intoxicação. A equipe médica precisou contatar o serviço regional de informações toxicológicas para ter mais informações sobre como tratar uma ocorrência do tipo. Eles foram medicados com antibióticos.
Cirurgias
Um dos jovens passava ontem por cirurgias nos braços devido ao risco de infecção. O outro foi transferido para um hospital particular, onde permanecia até a tarde de ontem na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
A Polícia Civil diz que um dos dois adolescentes já havia aplicado produtos do tipo anteriormente e até desenvolveu problemas cardíacos por isso.
O delegado diz que suspeita que um jovem ainda não localizado tenha comprado os produtos e feito as aplicações nos dois adolescentes. Segundo ele, o comerciante que vendeu os complexos não deve ser responsabilizado.
Anabolizantes
Segundo informações do Centro Brasileiro de Drogas Psicotrópicas (CEBRID), o Deca-durabolin é um dos anabolizantes mais utilizados no País. Um levantamento do CEBRID, realizado em 108 cidades, em 2005, mostra que 0,9% da população já utilizou anabolizantes alguma vez. Os maiores consumidores são homens entre 17 e 34 anos e o uso é maior na região Sudeste. O uso de anabolizantes aumentou 201 % (triplicou) entre 2001 e 2005.
Os anabolizantes, quando tomados sem orientação médica, podem causar inúmeros efeitos negativos no organismo, como acne, impotência sexual, calvície, hipertensão arterial, esterilidade, insônia, dor de cabeça, aumento de colesterol ruim, problemas cardíacos, crescimento indevido de pêlos, engrossamento da voz e distúrbios testiculares e menstruais.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Exemplo de trabalho...




Esse trabalho é do Pedro Victor do 1º B, bem feito e criativo, parabéns!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Vídeo sobre ATP

ATP é energia

Para os músculos, assim como para todas as células do corpo, a fonte de energia que mantém tudo funcionando é chamada de ATP. O trifosfato de adenosina (ATP) é o instrumento bioquímico que serve para armazenar e utilizar energia.A reação que transforma o ATP em energia é um pouco complicada, mas aqui está um bom resumo:· quimicamente, o ATP é um nucleotídeo de adenina cercado por três fosfatos;· há muita energia armazenada na ligação entre o segundo e o terceiro grupo de fosfato que pode ser usada para alimentar as reações químicas;· quando uma célula precisa de energia, ela quebra essa ligação para produzir difosfato de adenosina (ADP) e uma molécula livre de fosfato;· em alguns casos, o segundo grupo de fosfato também pode ser quebrado para produzir monofosfato de adenosina (AMP);· quando uma célula tem excesso de energia, ela armazena esta energia produzindo ATP a partir de ADP e fosfato.O ATP é necessário para as reações químicas envolvidas em toda contração muscular. Conforme a atividade do músculo aumenta, mais ATP é consumido e precisa ser reposto para que o músculo continue se movimentando.Por ser muito importante, e o corpo tem sistemas diferentes para criar o ATP. Estes sistemas trabalham juntos em etapas. O interessante é que diferentes tipos de exercício utilizam diferentes sistemas: um velocista produz ATP de uma determinada maneira, um maratonista de outra.O ATP dos músculos vem de três sistemas bioquímicos diferentes, nesta ordem:1. sistema do fosfato2. sistema de ácido láctico-glicólise3. respiração aeróbica
Veremos em detalhe cada um deles
http://videos.hsw.uol.com.br/musculos-3-video.htm

terça-feira, 31 de março de 2009

Teste de Cooper
O Teste de Cooper foi elaborado pelo Doutor Kenneth H. Cooper em 1968 para ser usado pelas forças armadas para verificar o nível de condicionamento físico. Em sua forma original, o objetivo o teste é correr o mais longe possível em 12 minutos. O teste de Cooper visa medir o condicionamento da pessoa e dessa forma deve ser corrido em um ritmo constante ao invés de sprints.
TABELA PARA O TESTE DE COOPER /12 Minutos
13/ 14 anos, masculino
+ 2700m= muito bom
2400/2700m= bom
2000/2399m= médio
2100/2199m= ruim
-2100m= muito ruim
13/14 anos, feminino
+2000 m= muito bom
1900/2000m= bom
1600/1899m =médio
1500/1599m= ruim
-1500m = muito ruim
15/16 anos, masculino
+2800m= muito bom
2500/2800m= bom
2300/2499m= médio
2200/2299m= ruim
-2200m= muito ruim
15/16 anos, feminino
+2100m= muito bom
2000/2100m= bom
1700/1999m= médio
1600/1699m=ruim
-1600m= muito ruim

domingo, 29 de março de 2009

ATP é energia
Para os músculos, assim como para todas as células do corpo, a fonte de energia que mantém tudo funcionando é chamada de ATP. O trifosfato de adenosina (ATP) é o instrumento bioquímico que serve para armazenar e utilizar energia.
A reação que transforma o ATP em energia é um pouco complicada, mas aqui está um bom resumo:
· quimicamente, o ATP é um nucleotídeo de adenina cercado por três fosfatos;
· há muita energia armazenada na ligação entre o segundo e o terceiro grupo de fosfato que pode ser usada para alimentar as reações químicas;
· quando uma célula precisa de energia, ela quebra essa ligação para produzir difosfato de adenosina (ADP) e uma molécula livre de fosfato;
· em alguns casos, o segundo grupo de fosfato também pode ser quebrado para produzir monofosfato de adenosina (AMP);
· quando uma célula tem excesso de energia, ela armazena esta energia produzindo ATP a partir de ADP e fosfato.
O ATP é necessário para as reações químicas envolvidas em toda contração muscular. Conforme a atividade do músculo aumenta, mais ATP é consumido e precisa ser reposto para que o músculo continue se movimentando.
Po ser muito importante, e o corpo tem sistemas diferentes para criar o ATP. Estes sistemas trabalham juntos em etapas. O interessante é que diferentes tipos de exercício utilizam diferentes sistemas: um velocista produz ATP de uma determinada maneira, um maratonista de outra.
O ATP dos músculos vem de três sistemas bioquímicos diferentes, nesta ordem:
1. sistema do fosfato
2. sistema de ácido láctico-glicólise
3. respiração aeróbica

Você é capaz de ilustrar essa reação química??
Entregue-me pessoalmente no dia 6 de abril, pela manhã, na sala dos profesores. Vale pesquisar, mas não copiar. Crie sua própria célula muscular com as devidas reações.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Essa semana vocês estão de folga, por terem feito o trabalho manuscrito, ok?
Semana que vem tem mais!!!
Aproveitem a folga!

quarta-feira, 18 de março de 2009


domingo, 15 de março de 2009

Pessoal, esse texto contém explicações mais simples sobre as fontes energéticas que usamos durante o exercício físico. Leiam e façam um DIAGRAMA (anotações sucintas em forma de tabela ou setas) e entreguem no dia 23 de março, na hora do intervalo, na sala dos professores.
Esse trabalho deve ser MANUSCRITO e conter capa, desenvolvimento e conclusão.
Após essa tarefa teremos duas aulas teóricas para explicação geral .
Esse trabalho equivale a sua 1ª avaliação, OK?
Não aceito trabalhos fora da data e não copiem porque leio TODOS!


Fontes de energia

Nosso organismo possui vários sistemas ou fontes de produção de energia para garantir a atividade muscular.
Num primeiro momento, temos condições de produzir energia muito rapidamente, sem utilização de glicose, gordura ou oxigênio e sem produção de ácido lático, mas por pouco tempo, já que essa fonte se esgota em 20 segundos.
Esse é o sistema ou fonte que nos permite executar movimentos ou exercícios de grande intensidade com pequena duração.
A segunda possibilidade nos fornece energia através da utilização da glicose existente no plasma e no glicogênio (muscular e hepático), ainda sem a participação do oxigênio, mas com produção de ácido lático. O resultado é uma quantidade maior de energia por tempo um pouco maior, até 2 minutos.
Através de sua utilização podemos executar atividades intensas por um tempo também um pouco maior.
A terceira fonte ou sistema utiliza glicose (glicogênio), gordura (ácidos graxos livres) e, em pequena proporção, proteínas. Nesse momento são fundamentais a presença e a utilização do oxigênio para a produção de energia, de uma forma mais lenta que nas anteriores, mas em quantidade e duração muito maiores.
É essa forma de produção de energia que nos permite executar tarefas com grandes grupos musculares por um tempo considerável, sem chegarmos à fadiga.
Cada sistema contribui para a produção de energia em praticamente qualquer tipo de exercício, havendo sempre a predominância de um deles.


Os diferentes sistemas energéticos que atuam durante o exercício físico)
Reinaldo Tubarão BassitMara Assis Malverdi
Como discutido no artigo anterior, o organismo humano necessita receber um suprimento de energia contínuo e de maneira ininterrupta. Essa energia presente nos alimentos não pode ser transferida diretamente para realização do trabalho biológico, tornando-se acessível, na forma química, através do ATP.
Em média, um indivíduo que contém uma massa muscular de cerca de 30 kg, a quantidade total dos fosfagênios de alta energia (ATP e CP) é suficiente para a manutenção de um exercício físico máximo por apenas 5 a 6 segundos. Durante esse tipo de exercício, a produção de energia pelos músculos ativos pode chegar a ser cerca de 70 vezes maior, quando comparado a um exercício menos intenso, e até 100 vezes maior, quando comparado ao estado de repouso. Dessa forma, a liberação de energia dos estoques de ATP e CP, de maneira rápida e imediata, para a realização de atividades físicas (como 25m de natação, saltos, 100 metros de corrida, e levantamento de pesos), é limitada.
Se tomarmos como exemplo a corrida de 100 m, cujo o tempo de realização é de cerca de 10 segundos, a velocidade máxima de corrida será mantida por um período de até 5 a 6 segundos, sendo que após esse período, será acionado o sistema glicolítico de fornecimento de energia, a fim de regenerar o ATP gasto. Esse sistema de transferência de energia é mais lento que o dos fosfagênios, fazendo com que a velocidade de corrida diminua a partir do 6º segundo de prova. Dessa forma, a quantidade de fosfagênios armazenados na musculatura determina um melhor ou pior desempenho, estando esse dado de acordo com o fato de que o vencedor costuma ser aquele que reduz menos ou consegue manter sua velocidade nos últimos segundos de prova.
Deve ser ressaltado que alguns pesquisadores acreditam que o sistema dos fosfagênios é capaz de contribuir, em grande proporção, por um período de até 20 segundos de atividade intensa. Partindo-se dessa hipótese, não seria espantoso acreditarmos que atletas mais treinados e com uma massa muscular bem desenvolvida, comportariam um estoque maior de CP nessa musculatura, consequentemente podendo regenerar o ATP em quantidades adequada, além de fornecer a energia requerida de forma veloz o suficiente.
Na verdade, todos os tipos de atividade física necessitam de energia proveniente dos fosfagênios, e isso se dá principalmente nos momentos iniciais do exercício, porém, muitas contam quase exclusivamente com esse tipo de transferência de energia para sua realização, como por exemplo: beisebol, futebol americano, vôlei.
Além da formação de ATP pela quebra da CP, o músculo esquelético também pode utilizar outras vias para produção de ATP, como por exemplo: a via glicolítica (anaeróbia e aeróbia) - formação de ATP via degradação de glicose e glicogênio, na presença ou ausência de oxigênio; via ou sistema oxidativo - formação de ATP através de processos celulares de oxidação. A formação do ATP através da via CP e glicolítica anaeróbia, não envolve a utilização de oxigênio e são chamadas de vias anaeróbias. Já a formação do ATP pelos processos oxidativos, que envolvem a utilização de oxigênio, é denominado de metabolismo aeróbio. Esse último envolve a oxidação de glicose e glicogênio na presença de oxigênio, como também, a oxidação de gorduras e proteínas.
Via glicolítica Anaeróbia
Com a continuidade do exercício, já que o fornecimento de energia derivado dos fosfagênios são limitados, a atividade física é mantida pela energia vinda dos estoques de glicogênio muscular e glicose, que são utilizados para fosforilação do ADP durante a glicogenólise ou glicólise (degradação do glicogênio e glicose, respectivamente) anaeróbia, o que resulta na formação de lactato. Sem o adequado suprimento ou utilização de oxigênio todas as moléculas de hidrogênio serão transformadas de piruvato para lactato.
Piruvato + 2H Lactato
A formação de lactato é de prima importância para o metabolismo anaeróbio pois, permite uma contínua e rápida produção do ATP, através da via glicolítica anaeróbia.
A energia anaeróbia para ressíntese de ATP fornecida pela degradação da glicose e do glicogênio muscular, através da via glicolítica, pode ser vista como uma "reserva de combustível" que é ativada quando a razão oferta de oxigênio/utilização for igual a 1.0, como ocorre, por exemplo, durante a última fase de uma corrida de 1,5km, onde o indivíduo aumenta e acelera seus passos. A produção anaeróbia do ATP permanece crucial durante, por exemplo, corridas de 400m ou 100m de natação, ou ainda, durante esportes que incluem tiros curtos como futebol. Essas atividades requerem uma rápida transferência de energia que excede o suprimento pelos estoques de fosfagênios. Se a intensidade máxima do exercício diminuir, como ocorre com a aumento da duração da atividade física, o acúmulo de lactato diminui correspondentemente.
Embora a produção de energia pela via glicolítica anaeróbia seja rápida, apenas uma quantidade relativamente pequena de ATP é formado por essa via. Por outro lado, o metabolismo aeróbio fornece uma contribuição maior na transferência de energia para formação do ATP, particularmente quando a duração do exercício se estende por mais de 2 a 3 minutos.
Sistema Oxidativo ou Fosforilação Oxidativa
A medida que o exercício se prolonga a produção de energia derivada do metabolismo anaeróbio vai gradativamente sendo menos importante, dando lugar aos processos oxidativos. Além disso, com o aumento da duração do exercício ocorre um aumento da demanda metabólica que deverá ser suprida pelos processos aeróbios de produção de energia.
A mitocôndria é uma organela que está localizada dentro da célula muscular, e é o principal sítio de produção de energia durante exercícios prolongados, aproximadamente acima de 2 a 3 minutos de atividade física.
A degradação de carboidratos e gorduras através dos processos oxidativos, dentro das mitocôndrias, servem como importantes substratos para a ressíntese do ATP. Porém, existe uma importância relativa na utilização de carboidratos ou gorduras, como fonte energética, que irá depender da intensidade e duração do exercício.
Se o exercício físico for realizado por um tempo prolongado, mas executado numa intensidade baixa (até aproximadamente 60% do consumo máximo de oxigênio), a principal fonte de energia utilizada será os ácidos graxos livres (gorduras). A medida que a intensidade do exercício aumenta (acima de 60% do VO2máx a contribuição da glicólise aeróbia (oxidação da glicose através dos processos oxidativos, dependentes de O2) como fonte energética também aumenta. Nessa situação, a demanda desse substrato de seus estoques musculares e na corrente sanguínea se encontram, também, aumentadas. Dessa forma, o conteúdo de glicogênio muscular e glicogênio hepático (que mantém a concentração de glicose no sangue constante) se tornam um fator limitante para a manutenção da intensidade do exercício, já que os seus estoques são limitados. A importância da glicose sanguínea durante o exercício tem sido amplamente estudada, sendo que o aparecimento da hipoglicemia pode limitar o exercício prolongado (endurance).
Se houver uma diminuição do glicogênio muscular, a concentração de ácidos graxos livres no sangue aumenta 5 a 6 vezes os seus valores de repouso, e a musculatura passa a oxidar maiores quantidade de gorduras como fonte de energia a fim de regenerar o ATP. É sabido que a produção de ácido láctico pelas células musculares interfere com a mobilização de ácidos graxos livres (AGL) dos seus estoques (tecido adiposo) durante o exercício.
Com o aumento da intensidade do exercício, onde ocorre um acúmulo de ácido láctico, a utilização de AGL como fonte de energia parece ser inibida. Contudo, se o exercício se prolongar, o ácido láctico irá ser utilizado como substrato energético pelos músculos e outros tecidos e, toma lugar novamente a oxidação de gorduras como principal fonte energética.
Após o treinamento é observado um concentração menor de lactato, a qual tem sido atribuída a um menor déficit de oxigênio, assim como, a uma rápida metabolização do lactato produzido. Contudo, valores elevados de lactato são freqüentemente observados após corridas de longa distância. Isso demonstra a importante participação da via glicolítica, em corredores de longa distância, para o sprint final característico desse tipo de prova.
A quantidade relativa da utilização de carboidratos e gorduras utilizados durante competições e treinamentos depende, em parte, do nível de treinamento dos atletas. É sabido que a fadiga e a redução da capacidade de trabalho estão intimamente associados com o esgotamento dos estoques de glicogênio hepático e muscular. Com o aumento da capacidade de utilização de gorduras e a conseqüente diminuição da utilização de glicogênio e glicose, como ocorre em atletas bem treinados e adaptados ao exercício de endurance, ocorre o efeito chamado de glycogen-sparing, o qual poderia adiar a fadiga e proporcionar uma tolerância maior ao exercício.
Fica evidente, até o momento, que durante os diferentes tipos de exercício, diferentes sistemas energéticos estão atuando simultaneamente com a finalidade de regenerar o ATP para a manutenção do fornecimento de energia para o trabalho muscular. No entanto, dependendo da intensidade e duração do exercício, a contribuição relativa de cada um desses sistemas pode ocorrer com uma contribuição maior de uma via, e menor de outra. Dessa forma, fica fácil enxergar-mos de que maneira a creatina poderia contribuir como um agente ergogênico para melhorar a performance. Assim, o efeito da suplementação de creatina como agente ergogênico na performance física, e os riscos associados à suplementação serão discutidos no próximo artigo (creatina parte-3).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
McCAFFERTY, W.B.; HORVATH, S.M. Specificity of Exercise and Specificity of Training: A Subcellular Review. The Research Quarterly, 48(2): 358-371, 1995.
POWERS, S.K.; HOWLEY, E.T. Execise Physiology: Theory and Application to Fitness and Performance. WCB/McGraw-Hill, USA. 2000.
Williams, M.H.; Kreider, R.B.; Branch, J.D. Creatine - the power supplement. Human Kinetics, USA., 1999.

domingo, 8 de março de 2009

TMB

Antes de estudarmos as fontes de energia isoladamente, essa semana vamos descobrir qual é a nossa TMB (escolham uma das fórmulas, ok?), divirtam-se!
Mandem respostas somente pelo email!!!

CONSUMO DE ENERGIA DURANTE O REPOUSO - TMB(Gasto calórico em repouso)
TAXA METABÓLICA BASAL (TMB): É um mínimo de energia necessária para manter as funções vitais do organismo em repouso (McARDLE e col., 1992 ). Ela reflete a produção de calor pelo organismo sendo determinada indiretamente medindo-se o consumo de oxigênio sob condições bastamte rigorosas. A utilização de T.M.B. estabelece bases energéticas para a construção de um programa válido de controle de peso através da dieta, do exercício ou combinação de ambos. Para calculamos o metabolismo basal de um indivíduo, ou seja quantas calorias o indivíduo necessita para sobreviver em repouso, segundo WILLIAMS (1995) , basta substituirmos os dados abaixo como peso, altura e idade, do mesmo na equação de Harris Benedict abaixo.
TMB = Taxa Metabólica Basal em kcal/dia
Equação de Harris-Benedict (1919)HOMENS: TMB = 66,47 + (13,75 . P*) + ( 5,00 . A*) - (6,76 . I*)MULHERES: TMB = 655,1 + (9,56 . P*) + ( 1,85 . A*) - (4,68 . I*)* P = Peso em Kg/ *I = Idade em anos/ *A = Altura em cmBibliografia:1. Harris J, Benedict F. A biometric study of basal metabolism in man. Washington D.C. Carnegie Institute of Washington. 1919.2. David C. Frankenfield, MS, RD, Eric R. Muth, MS, and William A. Rowe, M.D. Harris Benedict Studies of Human
Existem outras equações para o mesmo cálculo. Em pesquisa desenvolvida pela Profa. Letícia Azen ", foram encontrados valores menores que: · Harris & Benedict (1919) foi a que mais superestimou a TBM em 17%;· FAO/WHO/UNU (1985) em 13,5%; · Schofield (1985) em 12,9%; · Henry & Ress (1991) em 7,4%. Parece que as equações propostas por Harris & Benedict (1919) não são as mais adequadas para estimar a TMB tanto em mulheres norte-americanas quanto latino-americanas; as equações de Henry & Rees (1991) foram desenvolvidas para populações tropicais e, geralmente, fornecem estimativas menores do que aquelas derivadas de populações norte-americanas e européias". Vale ressaltar que esses resultados foram obtidos somente com a população de um único estado brasileiro, além de que não conhecemos dados referentes ao gênero masculino. Apresentamos abaixo as equações de outros autores utilizadas para calcular a TMB:
(A PRIMEIRA LINHA É FEMININA , A SEGUNDA É MASCULINA)Segundo Schofield (1985)
Idade
Gênero Feminino
Gênero Masculino



10 a 18 anos
[0,056 x P + 2,898] x 239
[0,074 x P + 2,754] x 239






P = peso corporal em kg
Segundo Henry & Rees (1991)
Idade
Gênero Feminino
Gênero Masculino



10 a 18 anos
[0,047 x P + 2,951] x 239
[0,084 x P + 2,122] x 239






P = peso corporal em kg

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Outro aviso importante, de agora em diante só corrigirei trabalhos se no campo assunto do email estiver nome, turma e título do trabalho!!!!!

Comentários...

Nos dois trabalhos houveram grandes falhas.
No do Biotipo, muita gente confundiu o resultado dos cálculos com a classificação na tabela. No das Dobras cutâneas foi só copiar e colar. E aí, se eu perguntar alguma cois sobre o assunto vão saber me responder. Se fizermos uma avaliação física, vão entender o que está acontecendo??
É preciso refletir sobre o que se faz, cada trabalho tem um objetivo...

2

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Fontes de energia

Diferentes Substratos Energéticos Usados Durante a Atividade Física

 
A nutrição esportiva, apesar de ainda ser muito recente como ciência, tem se tornado cada dia mais independente como área de atuação do profissional nutricionista. O tema em questão, não se resume apenas na utilização do carboidrato como principal fonte de energia ou a oxidação dos ácidos graxos nos exercícios de baixa intensidade. Podemos ser cada vez mais específicos às necessidades de desempenho e

composição corporal do esportista e do atleta. Quando falamos em esportista, nos referimos também ao indivíduo praticante de atividade física, uma vez que é comum a atuação do nutricionista em academias e consultórios com este perfil de clientela, em busca de emagrecimento e qualidade de vida, e ainda de atletas com fins competitivos e objetivos de performance e melhora da composição corporal.

A base da nutrição e fisiologia aplicada ao exercício será igual para ambos, porém o cuidados poderão ser mais direcionados quando problemas comuns são encontrados nestes diferentes grupos.

O fornecimento de energia acontece quando há uma demanda (solicitação) do músculo em contração. A energia do alimento não vem pronta para utilização, este passará por um processo de degradação através da digestão e posteriormente serão armazenados em formas mais compactas. Os carboidratos, que são quebrados em moléculas de glicose, serão armazenados no músculo e fígado em forma de glicogênio. A gordura é degradada em ácido graxo e glicerol e armazenadas em forma de triglicérides, e os depósitos de proteínas encontram-se sob a forma de aminoácidos.

O substrato energético utilizado durante o exercício dependerá do tipo, intensidade e duração da atividade física. Dependendo da modalidade esportiva em questão basicamente três sistemas de fornecimento de energia estarão atuando para o desempenho do indivíduo: ATP-CP; Sistema anaeróbio; Sistema aeróbio.

Quando o indivíduo passa de um estágio de repouso e dá início ao exercício, o primeiro sistema de fornecimento imediato de energia é ativado para fornecer energia rápida ao músculo em atividade à Sistema ATP-CP. A atividade pode durar segundos como provas de curta duração e alta intensidade, como corrida de 100 metros, provas de natação de 25 metros, levantamento de peso, sprints no futebol ou uma cortada no voleibol

Esta energia é proporcionada pelos fosfatos de alta energia (ATP e CP) armazenados dentro do músculos específicos em atividade, portanto a sua liberação acontece mais prontamente. O ATP é a principal fonte de energia para todos os processos do organismo, porém esta fonte de energia é limitada e deve ser continuamente reciclada dentro da célula. Esta ressíntese acontece a partir dos nutrientes e do composto Creatina Fosfato (CP). Os estoques de creatina fosfato são ressintetizados pelo músculo a partir de três aminoácidos: glicina, arginina e metionina (s-adenosil metionina). Pode ser encontrada tanto na forma livre como creatina l ou fosforilada denominada fosfocreatina.

A medida que o exercício continua, a via glicolítica - liberação de energia a partir dos carboidratos - é ativada. Existem dois estágios para a degradação da glicose no organismo. O primeiro é a decomposição de glicose para duas moléculas de ácido pirúvico e este é convertido em ácido latico. Estas reações envolvem transferências de energia que não necessitam de oxigênio - denominadas anaeróbias. Ocorrem durante exercícios de alta intensidade (Intensidade de exercício acima de 75% do Vo2 max), e média duração (alguns minutos) como lutas, musculação, resistência localizada e de velocidade. De forma prática o conhecimento da intensidade do exercício será relatada pela freqüência cardíaca durante a sessão de treinamento. Por exemplo, uma aula de aeróbica em academia pode ser de alta intensidade para um aluno e baixa para outro melhor condicionado. No caso de intensidades altas, o principal substrato utilizado será o carboidrato, pela grande liberação de glicose durante a atividade. O tempo de exercício será limitado pela oferta de glicogênio disponível. Neste caso, suplementação com carboidratos durante é benéfica, podendo prolongar o tempo de atividade.

Se o indivíduo mantém a intensidade do exercício moderada ou baixa com uma freqüência cardíaca abaixo do limiar (onde a demanda de ácido lático é pequena), o ácido pirúvico é convertido num componente chamado acetil CoA, que entrará no ciclo de Krebs, iniciando o sistema de fornecimento de energia aerobia, como em atividades de resistência, maratonas, ciclismo, caminhadas e natação.

Neste momento, a gordura também contribuirá para as necessidades energéticas do músculo. O ácido graxo livre entra na célula muscular sofre uma transformação enzimática chamada ß oxidação, e transformado em Acetil CoA, que entrará no ciclo de Krebs. Este processo é denominado lipólise.

Os depósitos de glicogênio hepático e muscular são capazes de fornecer apenas 1.200 a 2.000 cal de energia, enquanto a gordura armazenada nas fibras musculares e células de gordura podem fornecer cerca de 70.000 a 75.000 cal. Portanto, quando ocorre a utilização de ácidos graxos, o tempo de atividade tende a ser prolongado.

Proporcionalmente, haverá maior utilização da gordura, entretanto, o carboidrato é necessário para dar início ao ciclo.

Os exercícios aeróbicos, além dos benefícios cardiovasculares, potencializam a capacidade do músculo em utilizar a gordura como substrato energético, sendo uma forma de preservar o glicogênio muscular.

A ingestão de gorduras não estimula o músculo a utilizar os ácidos graxos livres. Os fatores estimulantes para a lipólise são o exercício, a presença de oxigênio e um alto nível de catabolismo dos carboidratos.

Os carboidratos e gorduras serão os combustíveis preferenciais. Porém, as proteínas (formadas por aminoácidos), são transformadas nos intermediários do metabolismo como piruvato ou Acetyl CoA. para entrar no processo de fornecimento de energia. A energia total proveniente deste metabolismo protéico pode variar de 5 a 10%. Em casos de déficit de carboidratos, a demanda de proteína para atender as necessidades do músculo aumenta.

Entretanto, sabe-se que durante atividade há um rompimento das fibras musculares provocada pela contração, havendo como conseqüência a necessidade do aumento do consumo de proteínas na dieta para recuperação da integridade muscular.


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NÃO HÁ ATIVIDADE ESCRITA!!